No calendário da Umbanda, o dia 13 de maio carrega uma força ancestral poderosa e emocionante: é o Dia dos Pretos Velhos. Mais do que uma data comemorativa, é um convite à reflexão, à gratidão e ao acolhimento dos ensinamentos deixados por esses espíritos de luz.
Os Pretos Velhos são entidades que representam os antigos africanos escravizados no Brasil. Apesar da dor e da injustiça que viveram, trazem em sua sabedoria uma energia de amor incondicional, humildade, perdão e cura. Sentar-se diante de um Preto Velho em uma gira é como voltar para o colo da avó ou do avô: é ouvir conselhos doces, tomar um café forte e receber um passe que alivia a alma.
A escolha do dia 13 de maio para essa celebração não é por acaso. Foi nesse dia, em 1888, que foi assinada a Lei Áurea, pondo fim oficial à escravidão no Brasil. Porém, na espiritualidade, sabemos que a liberdade verdadeira desses espíritos só veio com o reconhecimento de sua força, de sua luz e do seu papel como guias e curadores em nossas vidas.
Na Umbanda, os Pretos Velhos vêm em nome da caridade e trabalham com firmeza, mas com uma doçura que emociona. Falam manso, andam devagar, mas seu axé é imenso. Eles ensinam que não há pressa quando se anda com fé, e que a verdadeira força está em permanecer de pé, mesmo depois de tudo.
Neste 13 de maio, honramos não apenas a memória dos que vieram antes de nós, mas também a presença viva dos Pretos Velhos em nossos terreiros e corações. Que possamos silenciar a mente para ouvir sua sabedoria, abrir o coração para receber seu amor e praticar, todos os dias, os ensinamentos que eles nos deixam.
Salve os Pretos Velhos!
Adorei as Almas!